1
22 May
Transtorno de Pânico: e se você não estiver morrendo, mas seu corpo estiver gritando por ajuda?

O transtorno de pânico é caracterizado por crises súbitas e intensas de medo, acompanhadas por sintomas físicos como taquicardia, falta de ar, sudorese, tremores, tontura, náusea e uma sensação iminente de morte ou perda de controle. 

Muitas pessoas acabam indo ao pronto-socorro acreditando estar sofrendo um infarto. 

Mas os exames não mostram nenhuma alteração clínica. 

O que está em crise não é o coração, é o sistema emocional.Esses episódios são desorganizadores. 

O medo de ter uma nova crise passa a dominar o cotidiano. 

Situações antes comuns, como sair de casa sozinha, pegar transporte público ou falar em público, se tornam fontes de ansiedade antecipatória. 

A vida vai se estreitando. A pessoa evita, recua, se isola.

Na clínica, é comum ouvir frases como: “A crise veio do nada”, “Tenho medo de enlouquecer quando isso acontece”, “Vivo esperando o próximo ataque”. 

Em muitos casos, o paciente passa meses tentando entender o que está acontecendo até chegar ao diagnóstico correto.

Na Terapia Cognitivo-Comportamental, iniciamos com a psicoeducação sobre o que é o transtorno de pânico, como o ciclo da ansiedade se forma e quais são os gatilhos e interpretações que intensificam a resposta fisiológica. 

Ensinamos técnicas de respiração, exposição interoceptiva e reestruturação cognitiva para interromper esse ciclo.

Com a Terapia do Esquema, investigamos padrões mais profundos que frequentemente sustentam a sensação de desamparo, vulnerabilidade e catastrofização.

O transtorno de pânico tem tratamento eficaz. 

Com suporte terapêutico adequado, o paciente aprende a reconhecer os sinais, a interromper o ciclo e a retomar sua autonomia. 

O corpo não está traindo você. 

Ele está tentando avisar que algo precisa ser cuidado.

Você sente que vive em alerta, com medo de perder o controle a qualquer momento?

Um abraço,
Mariana Lellis

Comentários
* O e-mail não será publicado no site.