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O transtorno de pânico é caracterizado por crises súbitas e intensas de medo, acompanhadas por sintomas físicos como taquicardia, falta de ar, sudorese, tremores, tontura, náusea e uma sensação iminente de morte ou perda de controle.
Muitas pessoas acabam indo ao pronto-socorro acreditando estar sofrendo um infarto.
Mas os exames não mostram nenhuma alteração clínica.
O que está em crise não é o coração, é o sistema emocional.Esses episódios são desorganizadores.
O medo de ter uma nova crise passa a dominar o cotidiano.
Situações antes comuns, como sair de casa sozinha, pegar transporte público ou falar em público, se tornam fontes de ansiedade antecipatória.
A vida vai se estreitando. A pessoa evita, recua, se isola.
Na clínica, é comum ouvir frases como: “A crise veio do nada”, “Tenho medo de enlouquecer quando isso acontece”, “Vivo esperando o próximo ataque”.
Em muitos casos, o paciente passa meses tentando entender o que está acontecendo até chegar ao diagnóstico correto.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental, iniciamos com a psicoeducação sobre o que é o transtorno de pânico, como o ciclo da ansiedade se forma e quais são os gatilhos e interpretações que intensificam a resposta fisiológica.
Ensinamos técnicas de respiração, exposição interoceptiva e reestruturação cognitiva para interromper esse ciclo.
Com a Terapia do Esquema, investigamos padrões mais profundos que frequentemente sustentam a sensação de desamparo, vulnerabilidade e catastrofização.
O transtorno de pânico tem tratamento eficaz.
Com suporte terapêutico adequado, o paciente aprende a reconhecer os sinais, a interromper o ciclo e a retomar sua autonomia.
O corpo não está traindo você.
Ele está tentando avisar que algo precisa ser cuidado.
Você sente que vive em alerta, com medo de perder o controle a qualquer momento?
Um abraço,
Mariana Lellis